sábado, 29 de maio de 2010

Hoje é o dia!

Hoje é o dia!
Hoje é o dia em que se deve sair à rua e lutar!
Hoje é o dia em que não posso sair à rua e lutar por ter de ficar a estudar.
Estudar para tirar um curso que não me garante um trabalho estável na vida adulta.
Estudar que é igual a investir, porque mesmo o ensino público exige um pagamento.
Investir, portanto, nesta educação é, sem dúvida, um investimento de risco.
Provavelmente, não vou ver os seus frutos. Dizem as sábias vozes populares que "quem tem um canudo, tem tudo", porém, hoje em dia, não podiam estar mais enganadas.
Os frutos que vou colher são a recibos verdes ou a contratos de trabalho "a termo incerto".
E a termo incerto ficam as nossas vidas. As vidas dos jovens trabalhadores.
A termo incerto ficam os planos, quaisquer que sejam (desde os de casar ou ter filhos, aos profissionais).
A termo incerto ficam os pagamentos da renda de casa e das contas.
A termo incerto ficam as dívidas ao banco, à família, ao amigo.
A termo incerto fica o carro e o gasóleo para poder andar.
A termo incerto fica a saúde.
A termo incerto fica o pão e a água que metemos na boca.
Até quando nos vamos deixar explorar?
Até quando vamos comer e calar?
Até quando?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Jogatana

Há uns meses atrás, ao ver aquela força quase rejuvenescedora de Paulo Rangel na campanha para as Europeias, pensei "eh pá, aqui está um gajo que pode ajudar a segurar as pontas de um partido que não existe".
Apesar de estar do outro lado da bancada a nível político, achei-o uma figura patusca, com alguma simpatia e carácter, principalmente quando disse que nunca deixaria a meio um mandato para o qual foi eleito pelos portugueses, como Eurodeputado (quanto mais não seja porque é um tacho bem apetecível). Achei que seria, talvez, um gajo sério.
Para minha surpresa (ou não), Paulo Rangel candidata-se agora a Presidente do dito "partido político".
Para justificar o facto de o que disse ser antagónio ao que fez, Paulo Rangel afirmou que Portugal "vive hoje circunstâncias excepcionais, quase dramáticas". Terá sido da passagem de ano? O País bebeu demasiado espumante e ficou ressacado? É que, pelos vistos, Paulo Rangel apercebeu-se desta situação de um dia para o outro.
Que conclusões tiro daqui? Afinal, não é um gajo sério. É um político.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Maior


"Uma imagem vale mais que mil palavras."
(Uma verdade batida, mas não deixa de ser uma verdade...)